O preço do barril de petróleo, cotado hoje a cerca de US$ 110, e o aumento da demanda interna pelo etanol como combustível alternativo levaram a Petrobras a reafirmar que sua política de reajuste para a gasolina e o óleo diesel não deverá ser alterada no curto prazo.
Segundo Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento e Refino da estatal, "o preço do barril do petróleo no mercado externo não reflete a capacidade de oferta e demanda do produto, e a Petrobras não tomará qualquer atitude, no momento, em relação a mudança de preço".
Ele destacou a maior demanda interna por etanol, devido ao aumento nas vendas de carros bicombustíveis (flex), o que leva a empresa a ter ainda mais prudência em relação a aumento da gasolina, sob o risco de perder mercado.
?No caso especifico da gasolina é preciso fazer uma avaliação não só de ponto de vista do preço pontual do barril do petróleo, mas também sobre o comportamento dos preços do concorrente direto da gasolina, que hoje é o álcool. Não faz sentido nós aumentarmos o preço da gasolina de forma abrupta se com isto perdemos ainda mais mercado para o álcool combustível?, afirmou.
Durante a solenidade de assinatura de convênio com o governo estadual para garantia do fornecimento de água para as obras de implantação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), Costa não descartou a possibilidade de ocorrer neste ano "um volume de venda de álcool superior ao da gasolina".
E explicou: "Temos uma frota crescente de carros flex, que hoje atinge 20% a 22% do mercado, além do percentual de adição de 25% do álcool à gasolina. Então há uma tendência real de um aumento da demanda por etanol."