A Petrobras omite o valor pago pela contratação, sem licitação, da consultoria de comunicação Companhia de Notícias (CDN) para apoiar a estatal durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado. A pergunta foi feita pelo Estado na última sexta-feira, mas não houve resposta até ontem à noite. A Petrobras conta com uma equipe de 1.150 profissionais em sua área de comunicação social e, segundo o presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli, necessita de apoio externo para enfrentar a alta demanda por informações produzidas pela CPI.
“Contratação de publicidade e imprensa não tem licitação, é o que diz a lei”, disse Gabrielli, que não soube informar o valor do contrato, em entrevista concedida ontem no programa “Roda Viva”, da TV Cultura. Ele disse não considerar alto o número de funcionários da área de comunicação da companhia, alegando que há funções que vão desde o contato com a imprensa à realização de eventos e “funções burocráticas”.
A contratação da CDN faz parte do programa de comunicação de crise da Petrobras, criado em 2002 após vazamentos de petróleo e o naufrágio da P-36 e reunido novamente após a aprovação da CPI para investigar contratos da estatal. O grupo é formado por profissionais de comunicação da companhia e executivos de áreas operacionais, com o objetivo de acelerar o fluxo de informações.