Petrobras estuda alternativas para escoar gás de Santos

O gerente-geral da Unidade de Negócios da Bacia de Santos da Petrobras, José Luiz Marcusso, afirmou nesta quinta-feira (24) que está em desenvolvimento um plano para escoar o gás natural a ser extraído da Bacia de Santos. "Devemos concluir o trabalho ainda este ano", disse. O executivo afirmou que ainda é cedo para afirmar qual solução será adotada para trazer o gás dos campos de Tupi e Júpiter, que estão no mar na região da camada pré-sal da Bacia de Santos e distantes cerca de 300 quilômetros da costa do Rio de Janeiro.

Até o momento, o único modelo definido é o escoamento da produção de gás de Mexilhão, Tambaú e Uruguá – a plataforma de Mexilhão receberá o gás desses dois campos. A partir disso, a produção dos três campos segue através de um gasoduto que se conecta à Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato, em Caraguatatuba (litoral norte de SP), que processará o insumo e distribuirá para a rede de transporte.

O executivo disse que várias há possibilidades. Entre elas, a ampliação da unidade Monteiro Lobato, o transporte via gás natural liquefeito (GNL) ou gás natural comprimido (GNC) e a definição de novos pontos de captação na costa, ou seja, a construção de outras unidades de tratamento de gás.

"Não é correto do ponto de vista estratégico concentrar toda a produção do gás para Monteiro Lobato", justificou Marcusso. O executivo afirmou que a construção de dutos ligando Tupi e Júpiter à costa é algo viável tecnicamente. "Um gasoduto é viável tecnologicamente. Temos que tomar alguns cuidados, como a extração de gás carbônico (CO2) na origem", disse.

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