A Petrobras iniciou nesta sexta-feira (18), no estaleiro BrasFels, em Angra dos Reis, uma operação inédita no país: a que une o casco da Plataforma P-51 com os elementos de topside (ou seja: da parte superior da unidade).

continua após a publicidade

O deck mating, como é denominada a operação, deverá estar concluído até o final da manhã deste sábado (19) nas dependências do estaleiro, localizado no Sul Fluminense.

Segundo informações da Petrobras, o casco da P-51 é o primeiro de uma plataforma semi-submersível a ser construído no Brasil. A obra já supera, inclusive, os requisitos mínimos de conteúdo nacional (bens, equipamentos e serviços), com índice próximo a 70%, e geração de mais de 4,8 mil empregos diretos.

O Gerente de Implementação de Empreendimentos para Marlim Sul, Roberto Moro, considera a operação uma das mais difíceis do projeto, como explicou, direto de Angra dos Reis, em entrevista exclusiva Agência Brasil.

continua após a publicidade

Nós estamos aqui em Angra em meio operação de acoplamento da plataforma P-51 que é a operação mais difícil de todo o projeto na medida em que nela nós temos que unir as duas maiores partes da plataforma: o casco e o topside, que é a parte superior da unidade.

Construída, entre Niterói e Angra dos Reis, pelo consórcio KeppelFells e Technip, a P-51 contou com investimentos de US$ 830 milhões.

continua após a publicidade

Ao falar da importância da operação para a Petrobras, Moro destacou o fato de que ela propiciará o domínio de toda a cadeia bem como de toda a tecnologia de construção deste tipo de plataforma no país.

A previsão é que a P-51 deixe o estaleiro Brasfels rumo locação em setembro. A plataforma deverá entrar em operação até o final do ano no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos. A unidade terá capacidade para processar e tratar 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás, além de injetar aproximadamente 282 mil barris de água no reservatório diariamente.

Em dezembro, quando deve ter início a produção da P-51, estarão sendo acrescidos produção nacional, hoje em torno de 1,8 milhão de barris de petróleo por dia, cerca de 10 mil barris de petróleo por dia.