Petistas negam veto a Ciro nas eleições de 2010

Depois de dizer que não aceita ser vetado como possível candidato da coalizão governista, em 2010, o ex-ministro e deputado Ciro Gomes (PSB-CE) recebeu ontem afagos diplomáticos de alguns petistas e enfrentou resistência de outros. ?Não existe veto. E não é apenas que não exista veto. É melhor que isso. Ciro é um interlocutor importante do PT e uma das principais lideranças da coalizão?, afirmou o chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci.

Em entrevista publicada ontem pelo jornal O Estado de S. Paulo, Ciro afirmou que a escolha do candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sucessão não pode ser feita com base em vetos. O ex-ministro disse que, da mesma forma, não tem o direito de vetar nenhum nome. Também cobrou a discussão de um projeto para o País depois do governo Lula e sustentou a tese de que o presidente não fará o sucessor se ficar amparado apenas nas realizações do primeiro mandato. Ciro fez duras críticas e cobrou avanços em setores como educação, saúde e segurança.

O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), reiterou que ?da parte do PT, não há veto ao Ciro?. Embora com a ressalva de que a discussão sobre a sucessão presidencial é precoce, o dirigente petista foi além e incluiu o deputado na lista de possibilidades. ?Ciro Gomes é uma liderança que tem que ser levada em consideração para a Presidência da República?, afirmou. Tanto Berzoini quanto Dulci elogiaram a ?lealdade? de Ciro a Lula. ?As pessoas o respeitam muito dentro do PT pela trajetória progressista e pela lealdade ao presidente Lula?, disse o ministro da Secretaria-Geral.

Houve, no entanto, quem insistisse em um nome do PT para a sucessão. Apesar de ter defendido a presença do PSB numa grande aliança, o deputado petista Cândido Vaccarezza (SP) apontou como ?natural? um candidato de seu partido à Presidência e do PMDB à vice. Destacando que ?é cedo para as pessoas lançarem candidaturas?, ele defendeu que, em 2010, todos os partidos que integram a coalizão ?estejam unidos em torno da aliança central PT/PMDB?. ?Vamos buscar nome que unifique e que tenha condição de ganhar a eleição?, sustentou o deputado.

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