Petistas em festa na reta final

Brasília

– A uma semana da eleição, os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e José Serra (PSDB) estão em contagem regressiva. O petista, que nunca esteve tão próximo da vitória, tem que administrar com cuidado cada minuto para não deixar o sonho escapar. Cada vírgula, cada palavra serão bem pensadas. Um descuido, uma declaração desastrosa poderá ameaçar sua iminente vitória. Já o tucano tem um desafio maior. O tempo está a cada dia mais curto, o que torna cada vez mais difícil a tarefa de conseguir derrotar o adversário que tem quase o dobro das suas intenções de voto.

Os contrastes nas duas campanhas são gritantes. Enquanto Lula aproveitará os últimos dias para visitar aliados e ajudar a campanha de outros petistas como Geraldo Magela (DF), Tarso Genro (RS) e Zeca do PT (MS), Serra permanecerá a maior parte do tempo no estúdio gravando programas para o horário eleitoral gratuito. Por outro lado, enquanto o clima de festa é notório entre os aliados de Lula, os aliados do tucano não conseguem mais esconder o desânimo, sobretudo diante das mais recentes pesquisas de opinião que registram a liderança folgada do petista.

No horário eleitoral gratuito de rádio e TV, a estratégia continuará a mesma. Pelas pesquisas internas do PT, os ataques tucanos não têm surtido efeito, o que reforça a idéia de que não se deve alterar o ritmo dos programas com apresentação de propostas. No máximo, o publicitário Duda Mendonça poderá rebater de forma indireta algumas das provocações como já vem fazendo em relação às críticas às administrações petistas nos estados.

Já no comitê de campanha de José Serra, a luta será para tentar conquistar cerca de 16,5 milhões de votos de Lula. Uma tarefa que fica a cada dia mais difícil e que passa a depender de um fato que tenha grande impacto para criar uma onda Serra nesta última semana. O tucano já usou quase todos os seus cartuchos: prometeu oito milhões de empregos, salário-mínimo de R$ 300, chamou o adversário para o debate, desqualificou as administrações petistas, investiu na suposta insegurança que um governo do PT pode trazer e viajou pelo País em busca de apoio políticos.

Ao longo da última semana, entretanto, Serra chamou a atenção dos brasileiros para um pronunciamento que fará neste domingo à noite à nação. Seus aliados guardam o conteúdo a sete chaves, insinuando que uma última carta pode ter sido guardada na manga. Aliados do tucano e o próprio candidato garantiram que seriam incapazes de lançar mão de alguma denúncia de caráter pessoal.

Nesses sete dias finais a prioridade da campanha de Serra continua sendo a televisão. O tom de crítica política ao PT tende a ser cada vez mais forte.

Na reta final, a agenda de Serra não priorizou as viagens. Para os próximos dias foram marcados compromissos em Minas Gerais e Pernambuco, estados onde as eleições para o governo estadual foram decididas em primeiro turno.

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