Brasília – Com o licenciamento da Presidência do Senado Federal, anunciado nesta quinta-feira (11) por Renan Calheiros (PMDB-AL), quem assume o cargo é o senador Tião Viana (PT-AC), que ocupava a vice-presidência.
O peemedebista ficará ausente por 45 dias.
Em pronunciamento feito no início desta noite, Renan afirmou que, com a atitude, pretende "preservar a hamonia" da Casa, deixando claro o "respeito pelos interesse do país".
"E homenageio, sem dúvida, as altas responsabilidades das funções que exerço, contribuindo verdadeiramente para evitar os constrangimentos ocorridos na sessão de 9 de outubro".
Uma vez mais, o senador disse que vai enfrentar os processos contra ele que estão no Conselho de Ética da Casa, "à luz do dia, com dignidade, sem subterfúgios".
Repetiu também que não fez uso das prerrogativas do cargo, "em meu benefício ou contra quem quer que seja".
"Minha trincheira de luta sempre foi a inflexível certeza da inocência, à qual estou convicto, prevalecerá com a verdade, como aconteceu na minha absolvição".
Renan trouxe à tona a transitoriedade do poder, comparando-a à solidez da honra, "um bem permanente, que não sacrifico em nome de nada".
"Resistirei firme na minha defesa, honrando a confiança de minha família, do povo de Alagoas, dos meus amigos, dos meus colegas do Senado Federal e daqueles que, mesmo sem me conhecer, com seu apoio, com suas mensagens, suas orações, me deram forças até agora. A estes certamente não decepcionarei, aguardarei que a Justiça e a verdade prevaleçam", encerrou Renan.