Belo Horizonte – O segundo vice-presidente nacional do PT, Romênio Pereira, questionou ontem, em Belo Horizonte, o argumento do presidente nacional do partido, José Genoino, de que não sabia que o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza era o avalista de um contrato de empréstimo de R$ 2,4 milhões do Banco BMG. "Um pedido de empréstimo de R$ 2,5 milhões e você não sabe quem é que está por trás disso?", perguntou, por telefone, a Genoino. "Eu acho muito difícil (a versão de Genoino), até porque o brasileiro é muito desconfiado. Eu desconheço você fazer um empréstimo num valor tão alto – que é muito alto -, você não querer saber tudo que está ali."
Na conversa, o presidente nacional do PT repetiu que desconhecia os detalhes do documento que assinou e que confiou nas informações prestadas pelo tesoureiro nacional da legenda, Delúbio Soares -, versão pouco convincente, na opinião de Pereira. A revista Veja revelou na última edição que Valério – apontado pelo presidente nacional licenciado do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), como o principal operador do "mensalão" – avalizou um empréstimo de R$ 2,4 milhões para o PT em 2003 e quitou uma prestação de R$ 349,9 mil.