Se não fosse espaço público e estivesse localizado em área rural, bem que o petista Arselino Tatto, de 60 anos, poderia alegar usucapião do gabinete que usufrui há 28 anos no prédio da Câmara. Eleito no mês passado para seu oitavo mandato consecutivo, o vereador pode igualar o tempo de permanência na Casa do atual recordista: Wadih Mutran (PDT), com nove mandatos.

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Representante de bairros da zona sul da cidade, como Capela do Socorro e Grajaú, Tatto pisou pela primeira vez na sala de número 1.112, no 11º andar, em 1988. “E não mudei nada de lá pra cá. Só minha mulher, que resolveu colocar papel de parede para enfeitar mais”, diz.

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De sua sala particular, o parlamentar, líder da gestão Fernando Haddad (PT), brinca que pode até mandar um “tchauzinho” para o prefeito, já que a janela dá vista para o Edifício Matarazzo. Apesar de se manter no mesmo lugar, Tatto “vai mudar de lado” e passará a fazer parte da bancada de oposição ao futuro prefeito João Doria (PSDB). “Mas pode ter certeza que a ideia não é fazer uma oposição sistemática, raivosa. Vamos apoiar o que for bom.”

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Sem mencionar o processo de impeachment, Tatto diz que retirou da parede a foto de Dilma Rousseff. “Mas o do quadro do Lula não tiro. Nem pensar”, afirma o vereador, que classifica a derrota de Haddad como uma “pena”. “Ele preparou a cidade para darmos um salto de qualidade”, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.