Pesquisa revela perfil da população carcerária

Rio (ABr) – A população carcerária nos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro é formada, em sua maioria, por homens jovens, solteiros e com baixa escolaridade. O perfil está no estudo produzido pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e divulgado ontem.

O levantamento compara a população adulta das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro com a população carcerária nos dois municípios. A pesquisa cruzou os números do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada a partir de uma amostra de 5,4 mil presidiários paulistas e 1 mil detentos cariocas.

Os dados revelaram que 97,7% dos presos nas penitenciárias e presídios de São Paulo são homens, contra 48% da população masculina paulista. Destes, 80,6% são solteiros e 54,5% são jovens, na faixa etária entre 20 e 29 anos.

No Rio de Janeiro, os números são semelhantes: 96,7% dos presidiários são homens, contra 47% do total da população. Do grupo de detentos, 85,8% são solteiros e 52,7% têm entre 20 e 29 anos.

A baixa escolaridade da população carcerária paulistana e carioca é outra característica importante verificada pela pesquisa. Em São Paulo, 78% dos presidiários não têm o ensino fundamental completo e 8,2% são analfabetos. Nos presídios e penitenciárias do Rio de Janeiro, 80,3% têm menos de sete anos de estudo e os analfabetos, ou aqueles com apenas 1 ano de instrução, são 13,5%.

A pesquisa do Centro de Políticas Sociais da FGV também observou a questão da cor na população carcerária. O estudo identificou que, em São Paulo, 35,8% dos presos são negros e pardos, contra 26,3% da população como um todo. No Rio de Janeiro, esse percentual é de 66,5%, contra 40,2 da população carioca.

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