Os adolescentes brasileiros se alimentam mal, veem TV demais e se exercitam de menos, mostra a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) divulgada nesta quarta-feira, 19, pelo IBGE. Guloseimas como doces, balas e chocolates estão em terceiro lugar no consumo dos estudantes, atrás apenas do feijão e do leite e à frente de frutas e hortaliças.

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Quatro em cada dez adolescentes comem guloseimas cinco dias ou mais por semana e apenas três em cada dez comem frutas com a mesma frequência.

Os técnicos do IBGE se surpreenderam com a informação de que apenas 22,8% dos alunos das escolas públicas comem os alimentos oferecidos nas escolas, apesar de 98% terem acesso a refeições oferecidas pela rede de ensino.

“Essa informação nos causou surpresa porque a oferta de alimento é um estímulo para a presença de alunos na escola. Se eles não comem, é um contrassenso. Em parte, pode ser próprio do comportamento dos adolescentes que querem escolher o que comer, o que vestir. Mas também pode ser que eles não gostem da comida oferecida ou não tenham tempo de se alimentar na escola”, diz o gerente de estatísticas de saúde do IBGE, Marco Antonio Andreazzi.

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Em relação aos exercícios físicos, apenas três em cada dez adolescentes são considerados ativos (fazem 300 minutos ou mais de exercício por semana, o que equivale a uma hora de atividade física, cinco dias por semana). Quase oito (78%) em cada dez adolescentes veem televisão durante pelo menos duas horas por dia, tempo considerado excessivo pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “O hábito de assistir TV é um indicador de sedentarismo e a OMS recomenda que crianças não deve estar mais que uma ou duas horas em frente à TV. O tempo em frente à TV está associado ao consumo de alimentos calóricos, refrigerantes e baixo consumo de frutas e vegetais, além de pouco gasto de energia”, diz o estudo do IBGE.