Pesquisa reforça mais a posição de Lula

Foto: Arquivo /O Estado

Lula: leve e solto.

O resultado da pesquisa Datafolha divulgada anteontem, que mostrou uma alta nas intenções de votos para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 47%, no início de agosto, para 49%, evidencia ainda mais o favoritismo do candidato à reeleição e joga mais pressão sobre o tucano Geraldo Alckmin, que também oscilou positivamente, de 24% para 25%. A opinião é do analista da Arko Advice, Cristiano Noronha.

Segundo o executivo, a ligeira queda no porcentual de votantes na senadora Heloísa Helena (PSOL), que passou de 12% para 11%, sugere que a ex-petista está próxima do seu teto, fato que dificulta ainda mais a realização de um segundo turno. ?Com isso a responsabilidade de levar a eleição para um segundo turno pode recair exclusivamente sobre o Alckmin, o que dificulta ainda mais sua missão?, entende, lembrando o pequeno espaço ao qual tem direito a senadora Heloísa Helena no horário gratuito em TV e rádio.

Para o analista, ao menos que haja uma guinada nas estratégias das campanhas dos oposicionistas, dando uma maior ênfase nas críticas ao governo federal e ao presidente da República, as chances da eleição caminhar para o segundo turno são mínimas. ?É bom lembrar que, em junho, quando o PFL bateu fortemente na tecla da corrupção nas inserções a que teve direito, o candidato Alckmin chegou a atingir 30%?, frisa.

Se o cenário já não fosse ruim para Alckmin e os demais concorrentes, Noronha ainda lembra que, segundo o Datafolha, 74% dos entrevistados já decidiram seu voto e, além disso, 52% dos ouvidos consideram o governo Lula ótimo ou bom e 34% o avaliam como regular. ?Esses dados, quando olhados em conjunto, mostram que a fatia de eleitores que ainda pode ser conquistada é pequena e que o presidente ainda tem espaço para crescer, ou seja, não atingiu o seu teto?, analisa.

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