Brasília

  – Metodologias à parte, a pesquisa do Instituto Toledo & Associados divulgada pela revista “IstoÉ” -que apresenta Ciro Gomes à frente de Lula, do PT – pode não ter captado as evoluções do cenário político. As consultas foram encerradas no dia 27 de julho, conforme informa o próprio instituto. Portanto, antes do intenso noticiário vinculando o deputado José Carlos Martinez, então coordenador político da campanha da Frente Trabalhista, a Paulo César Farias, o tesoureiro de Fernando Collor.

Também as denúncias contra o candidato a vice de Ciro, Paulo Pereira da Silva, vieram a público no dia 28, depois de encerrado o levantamento. Se as pesquisas qualitativas identificaram arranhões na candidatura de Ciro Gomes, a ponto de o candidato aceitar a renúncia de Martinez, é provável que esta crise também tenha se refletido nas intenções de votos. Os especialistas em pesquisas eleitorais, no entanto, observam que, ainda que um candidato esteja em momento ruim, como é o caso de Ciro, é preciso analisar a condição de seus adversários – se estão em bom momento ou não, porque agora começou em que o eleitor compara os concorrentes. Para estes especialistas, embora os políticos de PSDB e PMDB tentem mostrar vitórias políticas de José Serra, o candidato tucano ainda não está bem definido aos olhos do eleitorado.

As pesquisas diárias feitas pelos comitês eleitorais, entretanto, indicavam, desde o início da semana, a interrupção no crescimento de Ciro Gomes. O candidato da Frente Trabalhista subia dois pontos percentuais a cada cinco dias, até estourar o escândalo envolvendo Martinez, quando estagnou. A prova dos nove pode sair nos próximos dias. O Instituto Vox Populi divulga hoje pesquisa, feita nos dias 30 e 31 de julho e 1º de agosto. Já o Ibope vai iniciar as consultas na segunda-feira, depois do primeiro debate entre os candidatos, amanhã à noite, na TV Bandeirantes.

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