O presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou que a criação da Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra) ajuda a democratizar as comunicações no Brasil. Ele compareceu na última terça-feira ao lançamento oficial da entidade, que começou a organizar-se em 2004 e reúne em torno de 100 emissoras de rádio e três grandes redes de televisão: o SBT, a Rede TV e a Rede Bandeirantes. Vários senadores que estiveram presentes também ressaltaram a importância da pluralidade no setor.
Paulo Pimentel foi saudado por Severino Cavalcanti. |
A Abra é formada por emissoras dissidentes da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), que foi fundada em 1962. Essas emissoras discordam da posição favorável da Abert em relação à entrada de capital estrangeiro nos meios de comunicação. Elas também se opõem à fusão das redes de TV a cabo Sky e DirecTV, alegando que isso ameaça a concorrência nos meios de comunicação. João Carlos Saad, presidente da Abra, tem afirmado em artigos publicados em vários jornais e revistas que a Abert representa principalmente os interesses da Rede Globo.
Paulo Pimentel com Edson Vidigal, presidente do STJ. |
Também compareceram ao evento, ocorrido no hotel Blue Tree Alvorada, em Brasília, vários senadores, entre eles Serys Slhessarenko (PT-MT), Romeu Tuma (PFL-SP), Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), Ideli Salvatti (PT-SC), Magno Malta (PL-ES) e Leonel Pavan (PSDB-SC). O encontro contou ainda com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica, Luiz Gushiken, representando o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal, o presidente do Superior Tribunal Militar, Flávio Bierrenbach, os deputados federais paranaenses Luiz Carlos Hauly (PSDB) e Eduardo Sciarra (PFL) e os representantes do SBT Paraná, Paulo Pimentel e Daniel Pimentel Slaviero.
João Carlos Saad com Daniel Pimentel Slaviero. |
A Abra atenderá os interesses da classe e se propõe a colaborar com o governo federal para adaptar as emissoras brasileiras à nova tecnologia digital. É bom lembrar que o Brasil ainda não escolheu o sistema que deverá adotar: o japonês, o americano ou o europeu.