Os peritos médicos da Previdência decidiram paralisar as atividades no país todas as quartas-feiras, a partir deste dia 17. Segundo a Associação dos Peritos Médicos da Previdência Social, a manifestação tem o objetivo de mostrar a indignação da categoria com o descumprimento do acordo de reestruturação da carreira, que levou mais de 15 meses para ser negociado.
Entre as reclamações dos mais de 5 mil médicos, está a recente mudança na nomenclatura da categoria de perito médico da Previdência Social para médico perito previdenciário. Segundo a associação, a mudança permitirá que assumam a função médicos que não fizeram concurso, inclusive os terceirizados.
Segundo os manifestantes, outro problema é a gratificação para os peritos. Essa gratificação corresponde a 50% dos vencimentos e passa a ser incorporada a partir de 60 meses de exercício da função. Quando houve a mudança da nomenclatura, quem tinha, por exemplo, 55 meses de exercício, ficou prejudicado, já que precisará reiniciar a contagem de tempo.
Os peritos também reclamam da produtividade, já que passou a ser atrelada ao tempo de espera do segurado para ser atendido. Os médicos alegam que é impossível comparar o atendimento em capitais como São Paulo com o serviço no interior do Acre.
Segundo comunicado do Ministério da Previdência Social foram tomadas todas as providências para garantir que os efeitos da paralisação sejam os menores possíveis. O trabalhador que tem atendimento marcado para hoje (17) e não for atendido poderá remarcar para a data mais próxima, por telefone, no número 135.
O INSS lembra que a paralisação deve afetar apenas a perícia médica. Todos os outros serviços oferecidos nas Agências da Previdência Social funcionarão normalmente.