Peritos criminais da PF fazem paralisação

Peritos criminais da PF (Polícia Federal) fazem hoje uma paralisação de 24 horas em todo o país. É a segunda vez que a categoria para neste mês. A primeira aconteceu no último dia 8.

De acordo com o presidente da APCF (Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais), Hélio Buchmüller Lima, os peritos não têm reajuste salarial há três anos e meio.

“Estamos tentando negociar com o governo há mais de um ano, mas ele silencia”, disse, e acrescentou que a perda salarial da categoria chega a 20%.

A última reunião com representantes do governo ocorreu em junho deste ano, mas nenhum contraproposta foi apresentada, segundo Lima.

O país tem 1.100 peritos criminais trabalhando, segundo a APCF. A associação, no entanto, não soube informar a porcentagem de adesão dos profissionais nas duas paralisações.

Em São Paulo, peritos fizeram um protesto em frente à sede da Polícia Federal, na Lapa (zona oeste). “Nossa intenção não é prejudicar a população, mas chamar a atenção para nossa situação. É o último recurso”, disse Lima.

A categoria aprovou indicativo de greve para a próxima segunda-feira caso as negociações com o governo não avancem.

Greve

O movimento grevista dos servidores públicos afeta, em potencial, mais de 60% do quadro de trabalhadores do Poder Executivo federal.

Ainda que a adesão não seja total, as carreiras mais numerosas que participam da paralisação somam 354 mil funcionários, para um total de 573 mil trabalhadores em atividade na administração direta, autarquias e fundações.

A Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), que reúne mais de 30 categorias, programou um “acampamento da greve” na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Uma marcha com servidores acontece hoje na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para pressionar o governo a dar uma resposta nesta semana.

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