O médico perito Milson Sousa Brige foi condenado a 16 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato, em setembro do ano passado, da chefe do serviço de perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Governador Valadares (MG), Maria Cristina de Souza Felipe. Brige foi levado a júri popular sob a acusação de ser o mentor intelectual do crime e foi condenado por homicídio doloso qualificado.
O Ministério Público Federal (MPF), na denúncia, concluiu que o médico "encomendou" a morte da vítima porque comandava um esquema de concessão fraudulenta de benefícios previdenciários e sentia que seu "negócio" estava ameaçado pela atuação de Maria Cristina. Ela investigava fraudes na concessão de benefícios na cidade do leste mineiro.
Após 17 horas de julgamento – que começou ontem -, a sentença foi lida pelo juiz federal Murilo Fernandes de Almeida. Quatro jurados votaram pela condenação e outros três pela absolvição. O médico seria levado para a penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.