O depoimento do médico legista Paulo Sérgio Tieppo Alves, testemunha convocada pela acusação e defesa no julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, durou três horas. Durante o interrogatório do perito que examinou Isabella, a promotoria se esforçou para mostrar que a menina foi asfixiada antes de morrer. Segundo a acusação, ela possuía “todos os indícios” de asfixia. Dessa forma, quando caiu da janela, já estaria praticamente morta.
O médico explicou os ferimentos sofridos pela menina e separou as lesões em três grupos principais: as inerentes à asfixia, à queda sentada (Isabella teria sido atirada no chão antes de ser jogada no jardim) e à queda da janela. Durante seu depoimento, o legista usou um vocabulário técnico, detalhando cada lesão que encontrou ao examinar o corpo da vítima.
Por volta das 18h50, os jurados começaram a ouvir o depoimento do perito baiano Luiz Eduardo Carvalho Doria, testemunha surpresa da acusação. O depoimento foi concluído às 19h35. A perita Rosângela Monteiro, prevista para ser ouvida hoje, deve depor só amanhã, terceiro dia de julgamento.
Apoio de mãe
A autora de novelas Gloria Perez esteve na plateia do Fórum de Santana acompanhando o julgamento desde às 14h. Ela acompanhou a sessão durante dois depoimentos. “O carnaval que a defesa está tentando fazer está caindo por terra”, analisou. “O último depoimento (do legista Paulo Sérgio Tieppo Alves) foi demolidor.”
Ela também afirmou que o depoimento da delegada Renata Pontes “foi muito bom”, e que a testemunha estava muito segura.
Gloria disse que veio prestar solidariedade à avó de Isabella, Rosa Maria Cunha de Oliveira, e que acompanha a história como mãe.