Brasília – O senador Marconi Perillo (PSDB-GO) pediu o aditamento da denúncia publicada na imprensa nesta semana de que a Polícia Legislativa do Senado teria contratado detetives para investigar a vida de parlamentares.
Dessa forma, a denúncia será incluída a outro processo que investiga Renan Calheiros (PMDB-AL) e que já está análise no Conselho de Ética da Casa.
O corregedor da Casa, senador Romeu Tuma (PTB-SP), afirmou que essa denúncia – o envolvimento de seguranças da Casa no suposto caso de espionagem contra os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO) a mando do ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) – deve ser investigada pela Polícia Federal. Tuma afirmou que aguarda resposta da Polícia Federal em Goiás sobre seu pedido de investigação. ?Temos de buscar a verdade?, disse Tuma.
Documentos da Polícia Civil de Goiás confirmariam o envolvimento da polícia do Senado nesta suposta espionagem. Após a manifestação de Perillo vários senadores do PSDB e do DEM pediram a palavra em apoio ao parlamentar.
Já o líder do PMDB, Valdir Raupp, questionou a reportagem publicada pela revista Veja. ?Isso está parecendo com a denúncia do dossiê contra o senador Jefferson Péres que todos os senadores teriam recebido e que, no fim, poucos receberam. Eu não recebi. Isso deve ser mais uma ‘futrica’ de alguém que quer ver os senadores continuando a brigar?.
O presidente interino da Casa, Tião Viana (PT-AC), afirmou que "todas as medidas serão tomadas para buscar a isenta investigação dessa matéria?. E completou: ?A matéria carece de serenidade e absoluta isenção?.