Seis marroquinas muçulmanas presas na Penitenciária Feminina de São Paulo, em Santana, na zona norte, precisaram da intervenção da Ordem dos Advogados do Brasil, seção São Paulo (OAB-SP), para poder usar o hijab, o véu islâmico, dentro do presídio.

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A direção do presídio havia impedido o uso do véu alegando motivos de segurança. Após uma reunião entre a Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB-SP e a direção da penitenciária, o véu foi autorizado somente durante as orações, desde que sejam usados lenços brancos. As marroquinas foram presas por tráfico de drogas. Algumas já foram condenadas e outras esperam julgamento.

O problema chegou à OAB por meio da advogada muçulmana Luciana Cury. Ela e a presidente da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB, Damaris Dias Moura Kuo, conseguiram autorização para visitar o presídio e verificar o que acontecia.

Segundo o islamismo, a oração é obrigatória e deve ser feita cinco vezes ao dia, em direção a Meca, na Arábia Saudita. A cidade é considerada sagrada pelos muçulmanos. “Segundo a tradição muçulmana, elas precisam estar cobertas com o véu o tempo todo e, por motivos de segurança, o presídio proibiu o uso do véu”, diz Damaris. As informações são do Jornal da Tarde.

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