Pela segunda vez, dono da Gol é indiciado por homicídio

O empresário Nenê Constantino, de 78 anos, fundador da Gol Linhas Aéreas, foi indiciado nessa terça-feira (30) como mandante de um segundo assassinato e de uma tentativa de homicídio. As vítimas moravam num terreno de Constantino que foi invadido por 70 famílias. De acordo com a assessoria da Polícia Civil do Distrito Federal, os crimes que motivaram o indiciamento anunciado ocorreram no Distrito Federal, em fevereiro de 2001.

Segundo as investigações conduzidas pelo delegado Luiz Julião Ribeiro, chefe da Coordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida), Constantino teria encomendado a morte do caminhoneiro Tarcísio Gomes Ferreira, ex-motorista de uma de suas empresas. José Amorim dos Reis, que acompanhava Tarcísio, também foi baleado, mas sobreviveu. O delegado concluiu que Constantino mandou matar Tarcísio com base nos exames de balística feitos pelo Instituto de Criminalística da Polícia Civil.

As balas que atingiram as duas vítimas são as mesmas que saíram do revólver calibre 38 usado na execução de Márcio Leonardo de Sousa Brito, líder comunitário que morreu aos 27 anos, em outubro de 2001. Por esse crime, Nenê também foi indiciado, no dia 10. O motivo também seria a disputa por um terreno da Viação Pioneira, de propriedade do empresário.

Sobre o indiciamento ocorrido no início do mês, Constantino, por meio de nota, disse então que repelia “de forma veemente” o que chamou de “injusta e inverídica acusação”. O empresário garante que o inquérito não contém nenhum indício que possa sustentar “a absurda conclusão a que chegou a autoridade policial”. Ele diz também que vai demonstrar sua inocência, “de forma incontroversa”, ao longo do processo. Nessa terça, a assessoria do empresário não foi localizada para comentar o segundo indiciamento.

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