Mais de 52 toneladas de peixes mortos foram recolhidas na Lagoa Rodrigo de Freitas até as 18 horas de hoje. De várias espécies, eles começaram a morrer na manhã de sexta-feira. De acordo com a secretária de Estado do Ambiente, Marilene Ramos, uma espécie de alga ainda não identificada pode ter causado o acidente ambiental.

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De acordo com Marilene Ramos, a medição na água feita no início da semana havia constatado nível alto do micro-organismo (400 mil); o índice encontrado anteontem foi de 1,8 milhão. A secretária disse que um dos motivos para a alta proliferação da alga foi a queda brusca de temperatura, depois de semanas de sol forte.

Segundo o ambientalista Mario Moscatelli, o volume de peixes mortos deve aumentar ainda mais. Isso porque ocorre um efeito bola de neve: os peixes que morreram e ficam no espelho d’água acabam dificultando os demais a também conseguirem oxigênio. De acordo com Moscatelli, esse é o pior acidente com peixes na Lagoa desde 2002. O ambientalista acredita que o problema esteja diretamente ligado ao despejo de esgoto, por causa do rompimento de uma tubulação na Praia do Leblon.

A secretária Marilene Ramos, porém, foi enfática ao negar que a mortandade de peixes da Lagoa esteja relacionada com o despejo de esgoto. “A medição indicou que o nível de oxigênio na água está normal. Se houvesse entrada de esgoto, a quantidade de oxigênio teria caído” afirmou. Amostras da água foram recolhidas e enviadas para serem analisadas no laboratório do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Inicialmente, a secretária Marilene Ramos havia estimado a mortandade em 500 quilos. (Colaboraram Clarissa Thomé e Nicola Pamplona)

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