Em depoimento prestado à 10ª Vara da Justiça Federal, o deputado Pedro Henry (PP-MT) negou que tenha participado do esquema do mensalão. Ele é acusado de ter integrado o núcleo dirigente do PP, que teria negociado um pagamento de R$ 4 milhões pela adesão do partido à base aliada do governo, e principalmente para aprovação das reformas da previdência e tributária. Henry disse que participou de várias reuniões no Palácio do Planalto, com o então ministro José Dirceu, mas negou que tenha tratado qualquer tipo de pagamento.
Ele alegou que apenas discutiu o encaminhamento de projetos de interesse do governo. "Nunca conversei sobre nenhum repasse de nenhuma fonte para o PP", afirmou. Ele disse que só tomou conhecimento, certa vez, que de o seu partido negociou com o PT recursos para o pagamento dos honorários da defesa do deputado Ronivon Santiago, que sofria processo de cassação. Mas disse que não participou das negociações.
Henry afirmou também ter participado de reuniões na casa do presidente do PR, deputado Waldemar Costa Neto, mas negou que tenha pressionado o deputado e atual ministro, José Múcio, a receber propina do mensalão, conforme denúncias feitas ao Ministério Público. À tarde será tomado depoimento dos deputados Waldemar Costa Neto e Paulo Rocha (PT-PA).
