Seis peças arqueológicas que eram vendidas pela internet foram recuperadas em Minas Gerais por ordem da Justiça. As peças foram encontradas próximas às cidades de Diamantina, Serro e Itamarandiba, no Vale do Jequitinhonha. O Ministério Público Estadual (MPE) não revelou quem era o responsável pelas vendas.
Segundo o MPE, o órgão recebeu, em março, denúncia de que objetos que poderiam ser pré-históricos eram comercializados na internet. A Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico encaminhou fotos das peças para a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e os arqueólogos André Prous e Martha Maria de Castro e Silva produziram laudo preliminar confirmando a possibilidade de serem bens de “grande valor arqueológico”.
O MPE conseguiu identificar a origem do site e o local onde as peças estavam e, com mandado judicial, apreendeu o material, que inclui cinco lâminas de machados de vários tamanhos, todas de pedra, e um cachimbo de cerâmica. As peças foram encaminhadas ao Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, que elaborou laudo definitivo confirmando o valor arqueológico. Não foi possível precisar a data de fabricação dos objetos devido à camada de verniz que receberam para serem vendidos. As peças foram encaminhadas ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).