PCC planejava atacar base da PM e condomínio em São Paulo

Uma base da Polícia Militar, um condomínio residencial e um rodeio eram os prováveis alvos do Primeiro Comando da Capital (PCC) no ataque frustrado pela PM no último dia 16. Os 18 criminosos presos na quadra da escola de samba Barroca Zona Sul, em São Paulo, foram denunciados ontem à Justiça por formação de quadrilha. Os promotores do núcleo da capital do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) também solicitaram providências à Liga Independente das Escolas de Samba e à São Paulo Turismo (SPTuris), que organizam o carnaval paulistano.

“Não é de hoje que recebemos informações de que o crime organizado está infiltrado e financia escolas de samba da capital”, afirmou um dos promotores do caso. “Algo precisa ser feito com urgência.” O Gaeco requisitou ainda cópias de dois processos contra líderes do PCC – um em tramitação na 1ª Vara Criminal de Presidente Prudente e outro na 4ª Vara Criminal de Santo André – para averiguar a possível participação dos acusados em outros crimes e na série de ataques contra as forças de segurança do Estado, em maio de 2006. Para tentar rastrear a origem do dinheiro da facção, os promotores solicitaram a quebra do sigilo bancário de Paulo Sérgio Gonçalves.

No carro dele, PMs encontraram R$ 11.907. Suspeita-se que a quantia seria usada na compra de armas e munições para ataques aos alvos em Itanhaém. O mapa apreendido com a quadrilha fazia referência a três pontos: um posto da PM localizado no km 322 da Rodovia Manoel da Nóbrega; a alça de acesso ao bairro Cibratel, no km 330 da mesma rodovia; e à Rua Gonçalo Monteiro, onde se realizou o rodeio, entre os dias 17 e 21 de abril. “Portanto, vê-se com clareza que a ação planejada pelo bando tinha por meta causar grandes danos à sociedade, os quais foram evitados devido à rápida e eficiente operação policial”, diz a denúncia do Gaeco.

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