Paulo Maluf é candidato, de novo, em São Paulo

São Paulo – O presidente do Partido Progressista (PP) em São Paulo, deputado federal Vadão Gomes, avaliou durante o lançamento da candidatura do ex-prefeito Paulo Maluf à Prefeitura da capital, que será difícil o político sustentar esta pretensão, caso se confirmem as denúncias de movimentação de contas bancárias no exterior com recursos oriundos dos cofres públicos, fruto do superfaturamento de obras. Porém, o deputado afirmou que até o momento não houve nenhum fato novo que leve à confirmação dessas denúncias.

No discurso de lançamento de sua candidatura, Paulo Maluf fez ataques indiretos aos dois principais adversários desta campanha, José Serra (PSDB) e Marta Suplicy (PT). Durante o breve pronunciamento, Maluf garantiu que estava aceitando o desafio de se candidatar porque não concorda que São Paulo se torne trampolim para projetos pessoais. “Ou pior ainda: o povo de São Paulo não pode ser massa de manobra para compensar frustração eleitoral de um projeto derrotado em 2002”, afirmou, numa crítica indireta à derrota sofrida por José Serra na última campanha presidencial.

Sem citar a prefeita e atual candidata à reeleição, Marta Suplicy, Paulo Maluf disse que se lançou candidato a prefeito porque não aceita a forma como São Paulo vem sendo administrada. “Fui prefeito duas vezes, e vou ser novamente, sem cobrar a taxa do lixo nem a taxa da luz. Meu primeiro ato vai ser enviar uma mensagem para a Câmara revogando essas malditas taxas”, criticou.

Ataques

Cerca de 600 pessoas compareceram ao anúncio oficial da candidatura Paulo Maluf, realizada à tarde. A maioria das pessoas era proveniente da periferia da capital. Maluf esteve rodeado da mulher Sílvia, de amigos e parlamentares do PP, tais como o deputado Delfim Neto. Ao final do evento, o cantor Aguinaldo Timóteo, que pretende disputar uma vaga para a Câmara dos Vereadores, entoou a música “Segura na Mão de Deus”.

No discurso, Maluf se comparou ao ex-presidente Juscelino Kubitschek. “Os meus inimigos em vão fizeram de tudo para me destruir. Nenhum homem público brasileiro, nem mesmo Juscelino Kubitschek; foi tanto e tão injustamente acusado e investigado quanto eu.” Ainda durante o discurso, Maluf listou todas as obras que realizou na capital, entre elas o Terminal Rodoviário do Tietê, a Jacu Pêssego e a Faria Lima, entre outras, e garantiu: “A melhor obra é a obra bem feita. A mais cara é a obra que não foi feita”. Depois do lançamento de sua candidatura Maluf deixou a Câmara de Vereadores sem conceder entrevista à imprensa. “Falo com vocês (repórteres) amanhã (hoje)”, disse ele.

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