O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta quinta-feira (22), em Cascavel, no Oeste do Paraná, que os militantes do PT e os movimentos sociais devem continuar denunciando as ameaças de ruralistas e a formação de milícias armadas no campo. "Essas coisas não podem estar acontecendo porque pode morrer mais gente. O negócio é denunciar e colocar essas facções em se devido lugar", declarou o ministro, referindo-se aos produtores rurais.

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A declaração do ministro ocorreu durante um encontro com militantes petistas na Câmara de Vereadores de Cascavel. Bem à vontade, Paulo Bernardo falou para uma platéia de aproximadamente 100 militantes, que durante uma hora e meia questionaram o ministro sobre vários assuntos. O confronto na fazenda Syngenta dia 21 de outubro, que culminou com a morte de um sem-terra e um segurança, estimulou os militantes do partido a cobrarem uma posição do ministro e proteção aos movimentos sociais.

"Acho que o governo do Paraná já está fazendo isso", disse o ministro, referindo-se às investigações da Polícia Civil sobre a formação de supostas milícias armadas para executar por conta própria as reintegrações de posse no Estado. O ministro se comprometeu em conversar sobre o assunto com o ministro da Justiça Tarso Genro. A Sociedade Rural do Oeste (SRO), que é acusada de fomentar a violência no campo, considerou as declarações do ministro como infelizes.

Paulo Bernardo também falou sobre a sucessão do presidente Lula. "Ainda é cedo para discutir as eleições de 2010, mas se o presidente Lula manter a atual popularidade fará o sucessor", disse. Ele disse estar convicto de que o PT chegará bem articulado em 2010 e fará o sucessor do presidente Lula. E desdenhou da oposição. "Eu acho que eles (a oposição) vão ficar na chuva mais um pouco, o que é bom para eles treinarem a fazer oposição", declarou.

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Nesta quinta-feira o ministro participou de vários encontros em Cascavel e Toledo para divulgar o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), para empresários e lideranças políticas.