Quatro anos após um episódio de agressão a jovens gays na Avenida Paulista, ativistas marcaram para o próximo domingo, 16, um protesto contra a opressão. O ato, convocado pelo Facebook, está marcado para as 16 horas na Paulista, e contava com mais 2,3 mil confirmações de presença até as 16 horas desta quinta-feira, 13.

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Na descrição do ato, os manifestantes lembram a data em que um grupo de jovens gays e heterossexuais foram espancados com lâmpadas fluorescentes. “A lâmpada fluorescente virou um símbolo da opressão não só aos LGBTs, mas a todos os corpos percebidos como inadequados pelo modelo hegemônico”, descreve a página.

Os ativistas reivindicam, entre outros pontos, a legalização do aborto; igualar os crimes de discriminação por identidade de gênero e orientação sexual aos mesmos termos da Lei do Racismo e a capacitação das polícias para tratar as vítimas de discriminação e violência motivadas por sua orientação sexual e identidade de gênero.

O caso

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Cinco jovens de classe média – um de 19 anos, um de 17 e três de 16 – foram detidos no dia 14 de novembro de 2010 na Avenida Paulista, sob acusação de terem agredido três pessoas com socos, chutes e golpes com lâmpadas fluorescentes.

Na delegacia, foram identificados por outro rapaz, que contou ter sido agredido e assaltado pelo grupo. Duas vítimas disseram à polícia que teriam sido confundidos com homossexuais, e isso teria motivado a agressão.

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Segundo depoimento à polícia, os amigos, de 19 e 20 anos, estavam em um ponto de táxi na altura do número 453 da Paulista, por volta das 6h30, quando o grupo atravessou a rua e avançou em direção a eles. O jovem de 20 anos disse ter levado um soco no rosto e chutes e, mesmo “desequilibrado”, conseguiu fugir para a entrada da Estação Brigadeiro do Metrô. Chegou a ser perseguido por dois rapazes, que desistiram ao ver o movimento de pessoas no local. A outra vítima apanhou com mais violência e ficou desacordada na calçada.

Poucos metros à frente, a Polícia Militar, que foi chamada para atender a ocorrência, encontrou um terceiro rapaz de 23 anos – que também levou socos, pontapés e foi golpeado com lâmpadas fluorescentes.