Paulista é ‘inadequada’ à Parada Gay, diz Kassab

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), afirmou ontem que a Avenida Paulista não é um local apropriado para grandes eventos, como a Parada Gay. O Ministério Público também estuda a retirada dos festejos do local. Apesar do reforço de câmeras de segurança e de cerca de 300 seguranças privados, houve brigas, empurra-empurra e centenas de furtos. Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público Estadual prevê que a Prefeitura pode realizar três grandes eventos na Avenida Paulista por ano: a Parada Gay, a festa da virada de ano e a Corrida de São Silvestre.

“A Paulista cada vez mais se mostra inadequada para os eventos. O que ontem (domingo) pode ter atrapalhado foi a obra do metrô, que bloqueou o fim da avenida e com isso o que era para ser um evento em contínuo andamento das pessoas acabou tendo prejuízo”, disse o prefeito. Kassab disse que ainda não há projetos para transferir o evento de local, mas não descarta essa hipótese. “Vamos aguardar com muita seriedade para definir o encaminhamento. Até o momento não foi (estudada a troca de local), mas nada indica que não possa ser analisada.”

Questionado sobre se a mudança poderia afetar outros eventos, Kassab afirmou que é preciso analisar, mas os outros não causariam tanto impacto na região. “O revéillon, pelo horário que acontece, não provoca interferência no trânsito. Os hospitais têm conseguido apresentar situações de fluxo de ambulâncias, o que garante certa segurança.” O prefeito ainda afirmou que uma avaliação sobre os eventos do domingo passado será feita pelas entidades responsáveis pela Parada Gay – para então tomar alguma decisão.

A Promotoria de Habitação e Urbanismo do Ministério Público vai solicitar os relatórios da Polícia Militar com ocorrências, além das sugestões de modificações na logística que o comandante da região central, coronel Marcos Chaves, pretende encaminhar para a Prefeitura e os organizadores. Se o promotor entender que a festa oferece riscos de segurança, o TAC firmado em 2007 entre o MP, prefeitura e organizadores poderá ser revisto. “Se um evento com essa dimensão não oferecer mais segurança, a realização dele naquele local precisará ser repensada.”

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