O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, afirmou hoje que a Rio +20 (Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável) deve propor uma agenda de objetivos que congregue e some, principalmente, aos países menos desenvolvidos. O chanceler colocou o posicionamento do governo brasileiro ao falar sobre a condição dos países desenvolvidos, de propor as mesmas obrigações entre países ricos e pobres no que tange à conservação do ambiente e do desenvolvimento sustentável.
Patriota participou da abertura do “Encontro da Indústria para a Sustentabilidade” organizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). O evento é um dos debates paralelos à Rio+20, que vai até o dia 22 na capital fluminense. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, também participou da abertura. O ministro das Relações Exteriores afirmou sobre os riscos de uma discussão sobre a disputa. No entanto, disse que o evento no Brasil não pode criar “condicionalidades, empecilhos ou obstáculos” para a posição dos países desenvolvidos.
O beneficiamento aos países subdesenvolvidos consta da convenção sobre o clima firmada durante a Eco-92, em 1992 no Rio. Segundo o acordo, os países devem ter “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”. Antes, Patriota disse que a Rio+20 já pode ser considerada um “marco histórico”. De acordo com o chanceler, 10 mil representantes de nações e participantes já foram credenciados no Riocentro, onde acontecem as principais discussões de governo.
Sobre a indústria, o ministro afirmou que o setor contribuiu para a proposta que o país apresentou ao secretariado da ONU, para ser incluído nas discussões, e que o engajamento empresarial pode contribuir para o desenvolvimento sustentável.
