Brasília – Cerca de R$ 1,2 milhão será liberado a entidades do terceiro setor e órgãos municipais para preservação do patrimônio histórico. Nove contratos, que marcam mais uma etapa do Programa Monumenta do Ministério da Cultura, foram assinados à noite, na sede da Caixa Econômica Federal em Brasília, pelo ministro Gilberto Gil. A maioria dos recursos é do governo federal e foi obtida junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Segundo o coordenador nacional do Monumenta, Luiz Fernando de Almeida, neste momento, os acordos prevêem ações em oito cidades: Natividade (TO), Rio de Janeiro, Goiás (GO), São Luís (MA), Antonio Prado (RS), Ouro Preto (MG), Recife(PE) e São Francisco do Sul (SC). "Os contratos representam o início de uma etapa nova do programa, que o distingue de outras ações de investimento no patrimônio histórico. Isso porque, em geral, o governo fazia restauração de monumentos, de edifícios e deixava o uso deles e a dinâmica desses sítios urbanos um pouco vazia, sem uso, sem ocupação. A ação do Monumenta visa dar dinâmica econômica para os sítios históricos e uso para os equipamentos que estão sendo restaurados", explicou.
Almeida informou que a ação a ser desenvolvida em Natividade, por exemplo, busca o fortalecimento da atividade econômica e histórica da cidade: a ourivesaria. Ele afirmou que o município tem uma peculiaridade, que é a tradição de filigrana, de origem portuguesa, uma tradição de manufatura que existe desde o século 18.
Em São Luís, no Maranhão, o objetivo é instalar uma oficina e uma escola de azulejaria usando os métodos tradicionais portugueses, origem da maior parte dos recobrimentos na capital. "Estas são ações de suporte à dinâmica dos sítios urbanos e ao uso de imóveis em que o programa trabalha", disse o coordenador. Luiz Fernando de Almeida acrescentou que as ações estão abertas a outras cidades em que o programa não atua diretamente e que são patrimônio histórico nacional.
