A passeata que partiu do centro do Rio no meio da tarde desta quinta-feira, 27, segue pela Avenida Rio Branco. As pessoas levam faixas e cartazes pela desmilitarização da PM e lembram a morte de dez pessoas, na operação ocorrida na segunda-feira, 24, na Favela Nova Holanda, uma das comunidades do Complexo da Maré. “A polícia que reprime na avenida é a mesma que mata na favela”, é o dizer de uma das faixas da Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência.
Mais cedo, um grupo de estudantes e moradores do Complexo da Maré se reuniram no Largo São Francisco, em frente ao Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ para discutir a ação da polícia e confeccionar cartazes para o ato. Eles marcaram ato ecumênico na Favela Nova Holanda, em memória dos dez mortos, para terça-feira, 2.
O 13º protesto da cidade do Rio de Janeiro tem como destino a Cinelândia. Um grupo de 30 indígenas da Aldeia Maracanã participa do ato. Nesta tarde, os advogados da Aldeia entraram com novo recurso na Justiça para tentar a reintegração de posse do antigo Museu do Índio, de onde foram obrigados a sair por causa das obras no estádio do Maracanã. “Mas sabemos que quem vai nos reintegrar à Aldeia Maracanã somos nós que estamos nas ruas. Nós é que somos os defensores públicos dos direitos humanos. Viemos aqui pedir apoio à população”, disse o advogado Aarão da Providência Araújo Filho, um índio guajajara.
Antes de chegar à Cinelândia, os manifestantes devem ir à Rua da Assembleia, onde fica a sede da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro), entidade que congrega os dez sindicatos de empresas de ônibus no Estado.