Debate

Passe Livre faz debate na Sé contra prisão de ativistas

O debate mobilizado pelo Movimento Passe Livre (MPL) reúne na tarde desta quarta-feira, 2, cerca de 150 pessoas em frente ao Tribunal de Justiça de São Paulo, na Sé (centro de São Paulo). O ato foi chamado para discutir as prisões que têm ocorrido durante as manifestações, consideradas pelos militantes como uma forma de criminalizar ações políticas.

Eles também pedem o trancamento do inquérito policial nº1/2013, o “inquérito black block”, que investiga os autores das depredações durante as passeatas. Alguns cartazes pedem a libertação do estudante e servidor da USP, Fábio Hideki. O entorno do ato está cercado por forte aparato policial, assim como aconteceu durante o protesto desta terça-feira. A PM participa com cavalaria e Tropa de Choque.

O secretário de Segurança Pública Fernando Grella, convidado pelo MPL, não compareceu ao evento. De acordo com sua assessoria, Grella não recebeu nenhum convite, embora os militantes afirmem que este foi protocolado na Secretaria na última sexta-feira, dia 27. Participam da mesa-redonda membros do MPL e de outros movimentos sociais como o Comitê Popular da Copa e Mães de Maio. O padre Julio Lancelotti, que tem assistido aos atos e diz ser testemunha da inocência de Hideki, também integra o debate.

“O objetivo desse inquérito é fazer um mapeamento dos manifestantes. O procedimento deles é muito claro. Perguntam se tem algum partido político e se pertence a algum movimento”, criticou a militante do MPL, Érica de Oliveira. Durante seu discurso, ela relembrou dois casos de moradores de rua que foram presos em manifestações de junho de 2013, Josenilda da Silva Santos e Rafael Braga. Josenilda foi presa por furto; Braga foi detido porque estaria portando um artefato explosivo durante um dos protestos.

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