Apesar de placas e cartazes indicando que o acesso no horário de pico no primeiro vagão é reservado para passageiros preferenciais, é comum observar pessoas que não precisam fazendo uso deste direito. Não existe uma lei que determine.
Muitos passageiros se queixam que é preciso aguardar dois e às vezes até três trens passarem para que seja possível embarcar quando há grande movimento.
“É impressionante a falta de respeito em vagão preferencial do Metrô para gestantes e idosos. Todos exigem seus direitos de cidadãos, mas não fazem seu papel. Chega a ser ridículo o número de pessoas que invade às áreas e faz com que pessoas que deveriam usar o preferencial não utilizem. É vergonhoso ter que conviver com isso”, criticou o coordenador de facilities Fábio Araújo.
Na semana passada, a reportagem esteve no período da manhã nas estações Artur Alvim, Vila Matilde e Sé da Linha 3-Vermelha e constatou a presença de muitos jovens e adultos que não são preferenciais em área reservada. Em apenas um dos dias, havia um agente do Metrô no acesso ao vagão reservado para o horário.
“O problema é cultural. Às vezes, idosos são empurrados. A falta de educação é gritante. Com certeza, ter um profissional habilitado para orientar o público seria muito importante e fundamental para fazer este controle de acesso”, disse Araújo.
Passageiros relataram que agentes do Metrô não ficam com muita frequência nas plataformas das estações Corinthians-Itaquera e Artur Alvim, no horário de pico da manhã, no sentido Palmeiras-Barra Funda, quando o primeiro vagão é reservado para passageiros preferenciais.
“Muitas vezes, o metrô já chega lotado em Artur Alvim porque muitos passageiros não preferenciais não respeitam. Os cartazes não são ações suficientes. É preciso ter um agente nas estações para inibir o uso por pessoas que não precisam”, ressalta a Denise, que está grávida de sete meses.
Desde 2009, a Companhia do Metrô adota a estratégia ‘Embarque Preferencial’ em horários de maior movimento para facilitar a viagem de idosos, gestantes e pessoas com mobilidade reduzida. “Para isso, espaços devidamente sinalizados com comunicação visual e grades para direcionar o fluxo dos passageiros foram destinados às estações de maior movimento”, destacou a nota.
A eficácia do Embarque Preferencial, assim como do assento preferencial nos trens, depende da colaboração e do respeito dos demais usuários. Para tanto, o Metrô orienta a todos para que apenas as pessoas que estiverem contempladas nos critérios de embarque acessem essas áreas.