Brasília – O deputado federal Assis Miguel do Couto (PT-PR), que é também agricultor familiar, foi escolhido no início da tarde de ontem, em Brasília, como relator da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, que vai investigar a crise da Parmalat e propor soluções para amenizar o impacto dela no setor leiteiro no Brasil. Assis foi indicado pela bancada do PT.
A Comissão Especial, composta por 21 deputados e presidida por Waldemir Moka (PMDB-MS), quer esclarecer, ainda, as transações da empresa no Brasil com bancos estrangeiros e apurar suspeitas de “lavagem de dinheiro”. “A fraude descoberta na Parmalat, que sofreu intervenção há um mês e, depois, foi declarada insolvente, foi estimada em 10 bilhões de Euros (cerca de R$ 35 bilhões)”, conforme informações oficiais do Legislativo. Para Assis do Couto, “nossa preocupação central é a de evitar um colapso na produção leiteira nacional”, informa o deputado paranaense.
Enquanto isso, São Paulo será o centro da investigação de possíveis crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e fraudes contábeis praticados pela empresa Parmalat no Brasil. O inquérito será presidido pelo delegado da Polícia Federal (PF) José Nogueira Eupídio, membro da força-tarefa da CPI do Banestado. Segundo a PF, o estado de São Paulo foi escolhido devido à localização da sede da empresa no Brasil, mas as investigações terão abrangência nacional, envolvendo, principalmente, os estados de São Paulo, Paraná e Rio.
“A primeira ação da Polícia Federal será solicitar à Justiça Federal, em São Paulo, a quebra dos sigilos bancário e fiscal da Parmalat.