Brasília – Presidentes dos parlamentos dos países de língua portuguesa participam, até hoje, no Congresso Nacional, do IV Fórum dos Parlamentos de Língua Portuguesa. Atualmente, as oito nações de língua portuguesa têm mais que uma língua em comum. Os dirigentes de Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste têm uma agenda política a compartilhar. Durante o fórum, os parlamentares destes países estão discutindo os mais diversos temas de interesses de seus países, como a democracia eletrônica e a circulação de bens e pessoas nos países de língua portuguesa.
O fórum foi criado em 1998 como uma forma de cooperação interparlamentar para acompanhar o funcionamento da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), organização inter-governamental criada em 1996. Os presidentes da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), abriram o encontro, do qual participaram as comitivas dos sete países – os parlamentares de Moçambique só tomam posse hoje, por isso não compareceram. Em seguida, os parlamentares visitaram os plenários da Câmara e do Senado.
O fórum foi dividido em duas etapas. Na primeira, os presidentes dos parlamentos se encontram e, na segunda, o encontro é das delegações. De acordo com o presidente do Parlamento de Cabo Verde, deputado Aristides Raimundo Lima, atualmente, os oito países se reúnem por causa da língua e da cultura, mas também por causa de outros motivos de interesse comum, como a democracia e o desenvolvimento social e econômico.
Ao encerrar a primeira sessão do fórum, o presidente do Senado, José Sarney, disse que sentia uma especial alegria, em razão do encontro ser uma iniciativa da qual participou, desde o início, e que hoje se desdobra na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. O presidente da Câmara, João Paulo Cunha, por sua vez, afirmou que é preciso defender a língua portuguesa, promovendo o seu estudo e difusão. "A língua é do povo. Quem a faz no dia-a-dia é o cidadão, o anônimo", disse o deputado João Paulo.