Brasília – Parlamentares da base governista acusaram a presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), de quebra do acordo de procedimento firmado nesta terça-feira (15). Pelo acordo, a CPMI teria acesso às auditorias sigilosas feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O impasse surgiu diante do entendimento de Marisa Serrano de que qualquer parlamentar da CPMI poderia ir ao TCU verificar os documentos e com o auxílio de técnicos do tribunal. A base aliada defende, no entanto, que uma comissão pequena tenha acesso aos dados, sem a ajuda de técnicos.
?Os deputados e senadores que estão aqui são todos deputados e senadores. Todos foram votados. Não vou dizer que este ou aquele pode ou não pode [ir ao TCU]. Ontem, ninguém disse que seria uma comissão. Para mim, qualquer deputado e senador dessa Casa tem direito de ir lá e se informar?, protestou Marisa Serrano.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) discordou e afirmou que o acordo era para que uma comissão fosse ao TCU e examinasse os documentos sem a ajuda de técnicos. ?A senhora rompeu o acordo de ontem?, disse. ?Só concordo que vá uma comissão de parlamentares com horário marcado?, completou.
?Isso é um absurdo. Todas as ações que estão sendo feitas aqui parece que estão sendo feitas para dificultar o trabalho?, protestou a presidente da CPMI.
?Absurdo para a gente é a quebra de acordo?, reclamou o deputado Maurício Quintella (PR-AL).
Para colocar fim ao impasse, ficou decidido que a questão será resolvida em reunião interna que ainda será marcada. Neste momento, os parlamentares discutem os requerimentos de informação que estão na pauta.