Brasília – Familiares das vítimas do acidente com o avião da Gol, ocorrido em setembro de 2006, reuniram-se na manhã de ontem em um galpão da companhia aérea, em Brasília, para identificar pertences dos passageiros. A vice-presidente da associação dos parentes, Angelita Rosicler de Marchi, afirmou que depois da queda da aeronave pessoas próximas das vítimas tiveram acesso somente a algumas fotos, enviadas por internet.

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Os parentes das vítimas ou seus representantes legais também assistiram a uma simulação do acidente, com diálogo dos pilotos das duas aeronaves envolvidas no choque. Cerca de 80 pessoas participaram do encontro. ?Não há dúvida de que tal reprodução deverá reavivar nossas dores. Mas tal etapa é importante para que eventuais dúvidas sejam eliminadas ou outras questões, formuladas?, afirmou Angelita.

O brigadeiro Jorge Kersul, diretor do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa); o coronel Rufino, presidente da Comissão de Investigação do Acidente, uma psicóloga e um representante do Instituto Médico-Legal (IML) também assistiram à simulação.

Angelita adiantou que familiares pretendem aproveitar o encontro para reivindicar maior acesso aos documentos sobre o acidente coletados pela Aeronáutica. ?Todo material é importante. Precisamos de todas as informações necessárias para que culpados sejam punidos. Quando um motorista sai por aí e mata cinco, seis pessoas, ele é preso. Queremos que o mesmo ocorra com os culpados pelo acidente?, disse.

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Uma próxima entrega de objetos está marcada para os dias 28 e 29 de maio. Segundo o presidente da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, Jorge André Cavalcante, a idéia é que no dia 29 sejam plantadas 154 árvores no Jardim Botânico de Brasília, em homenagem às vítimas. O acidente com o Boeing da Gol, que se chocou no ar com um jato Legacy, ocorreu em 29 de setembro do ano passado e resultou na morte de 154 pessoas.