Os parentes das vítimas do acidente com o voo 3054 da TAM fazem neste domingo (22) uma caminhada pelo Aeroporto de Congonhas, com paradas em frente ao balcão da companhia aérea e no saguão central. Representantes da associação dos parentes lerão o nome de cada um dos apontados pela Justiça como responsáveis pela tragédia. Levarão ainda flores brancas até o terreno em frente ao aeroporto, onde o avião da TAM caiu após varar a pista de Congonhas em uma aterrissagem malsucedida em 17 de julho de 2007.
A manifestação marca a 17ª reunião dos familiares, que se encontram mensalmente ora em São Paulo, ora em Porto Alegre. O voo 3054 vinha da capital do Rio Grande do Sul, portanto a maioria dos mortos era gaúcha. Conforme acordo firmado com as famílias, a TAM custeia esses encontros.
Um ato ecumênico no hotel em que as famílias estão hospedadas, próximo ao aeroporto, reuniu ontem 160 pessoas. Quase dois anos após a tragédia, o presidente da Associação dos Familiares das Vítimas da TAM (Favitam), Dario Scott, disse que o sentimento entre os que perderam alguém no acidente é de esperança. “Estamos firmes na esperança e na cobrança”, afirmou. “Nossa luta é para que outras famílias não tenham de passar pela mesma dor que nós”, acrescentou.