A Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo TAM JJ3054 (Afavitam) irá se reunir em audiência com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, no dia 28 de fevereiro em Brasília. O encontro foi solicitado pelos parentes das vítimas do acidente, ocorrido em julho do ano passado, que matou 199 pessoas. Eles cobram, entre outras questões, a liberação de documentos que estariam de posse da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) – que já teriam sido pedidos pela polícia para dar andamento às investigações.
A Afavitam quer também que o ministro explique por que voltou atrás em medidas de segurança para o Aeroporto de Congonhas, que haviam sido anunciadas após a tragédia, como a construção de áreas de escape na pista principal e a proibição de conexões de vôos. Segundo a associação, a recomendação da Airbus é de que o modelo A320, envolvido no acidente, opere apenas em pistas com no mínimo 2.500 metros, com áreas de escape de 240 metros cada uma.
O grupo de familiares está reunido neste final de semana, em São Paulo, pela sexta vez, para tratar destas e de outras questões ligadas às investigações das causas do acidente e ao inquérito policial que apura as responsabilidades pela tragédia.
Neste sábado (16) pela manhã, a associação reuniu-se com a Defensoria Pública e com o Ministério Público, para discutir a criação de uma Câmara de Conciliação, pela qual seriam negociadas extra-judicialmente as indenizações do caso. A criação deste mecanismo está dependendo de um acordo quanto aos parâmetros indenizatórios. A Afavitam quer definir, de antemão, um piso para eventuais indenizações, ao passo que a companhia prefere estabelecer tetos. As conversas contam com a presença do presidente da TAM, David Barioni, que chegou ao local do encontro no fim da manhã.