São Paulo – O Ministério de Minas e Energia planeja garantir, até 2012, o fornecimento de 9,4 milhões de metros cúbicos de gás natural argentino para atender o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Paraná, informou o diretor de Gás do ministério, Luiz Oscar Becker. Para tornar viável o suprimento, segundo ele, o fluxo do Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol) deverá ser revertido neste trecho, partindo do Sul em direção ao Sudeste.
O diretor informou que a expectativa é de que seja iniciada em 2004 a construção do gasoduto entre Uruguaiana e Porto Alegre pela Transportadora Sulbrasileira de Gás (TBG). O custo do gasoduto é estimado em US$ 600 milhões. O projeto estará concluído em 2006, de acordo com as previsões de Becker. A expectativa é de que o suprimento se inicie com uma média diária de 4,4 milhões em 2006.
De acordo com Becker, o gás natural argentino será essencial para baratear o custo do insumo energético para o Sul do País. Ele destacou, porém, que o preço do gás natural argentino está ainda em negociação. Além disso, não há, por exemplo, mais gás disponível para atender a novas demandas no Rio Grande do Sul. A capacidade de fornecimento de gás pelo Gasbol, de 2,3 milhões de metros cúbicos por dia, já foi preenchida, disse o diretor.
Por estar na ponta do Gasbol, o Rio Grande do Sul sempre terá um gás boliviano mais caro que em outras áreas ao Norte. “A ANP determinou que não pode mais valer a tarifa postal, de mesmo preço do gás natural para todo o País”, lembrou.