A chuva afastou o público hoje na 14ª Parada de Orgulho das Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (LGBT Rio), na orla de Copacabana. Os organizadores esperavam reunir 1,5 milhão de pessoas, mas segundo cálculos da Polícia Militar, apenas 200 mil acompanharam a Parada Gay, que é o terceiro maior evento do calendário de festas da cidade, atrás apenas do Réveillon e do Carnaval. Este ano, o tema da Parada foi “Eu tenho direito de viver e amar livremente, senão é homofobia”.

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Segundo a presidente do Grupo Arco-Íris, que organiza a parada, Gilza Rodrigues, a principal bandeira de luta continua sendo a criminalização da homofobia, por meio do projeto de lei complementar 122/06, que ainda tramita no Senado. “Precisamos viver nosso direito de amar livremente à luz do dia, sem sermos discriminados por isso”, disse ela. O casamento gay também é uma reivindicação do grupo.

Madrinha da Parada Gay deste ano, a atriz Letícia Spiller criticou o fato de algumas cidades como Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, proibirem a realização da Parada Gay. “É um absurdo, uma regressão em termos sociais. Temos que dar um passo à frente na vida. Todo mundo é livre para amar e expressar sua sexualidade como quiser”, disse ela. Segundo Cláudio Nascimento, fundador do Grupo Arco-Íris e superintendente de promoção dos direitos LGBT do governo estadual do Rio, o Estado pediu ao Ministério Público que proponha uma ação civil pública contra a proibição da Parada Gay em Caxias.

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