Brasília – O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), confirmou para amanhã (11) à tarde a votação da emenda que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e disse que ?não há qualquer justificativa? para o adiamento da sessão.
?Acordo é acordo e deve ser cumprido?, disse. ?Houve posicionamento claro entre governo e oposição de que a votação seria amanhã. Não acredito que haja qualquer possibilidade de acordo entre os líderes do governo e da oposição para adiar além do dia de amanhã. Não considero a possibilidade de adiamento?, acrescentou.
A declaração de Tião Viana veio em resposta ao líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), que cogitou a possibilidade de adiar para quarta ou quinta-feira a votação, de forma que o governo tenha mais prazo para conseguir os 49 votos necessários para aprovação da matéria.
?Se o governo não tiver os votos para ganhar amanhã ou a oposição não tiver para derrotar o governo, não será com um ou dois dias que isso poderá mudar, porque ou foi incompetência ou falta de encontrar uma situação de decisão tomada por parte dos senadores?, afirmou Tião Viana.
Segundo ele, a sessão pode ser adiada por meio de acordo de líderes, mas ?o Jucá terá muita dificuldade em justificar um adiamento caso venha a externar essa intenção?, disse. ?Regimentalmente, ele tem [a prerrogativa de adiar a sessão]. Agora, não sou eu que vou facilitar a vida tanto do governo quanto da oposição. Para mim, foi uma decisão tomada e não se pode tratar uma questão dessa natureza como se fosse uma brincadeira de crianças?, comentou.
Viana disse ainda que a alegação do governo de que a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) está internada após cirurgia no pulso e não poderia participar da votação ?é superável?. ?O caso da senadora Roseana Sarney é superável, em termos de ela poder vir, dar o seu voto e colaborar com os senadores sem nenhum problema?.