Para Protógenes, revista tenta ‘fabricar escândalo’

Numa entrevista coletiva sem espaço para questionamentos, o delegado Protógenes Queiroz afirmou na segunda-feira (9) que a revista Veja “está tentando fabricar um escândalo, tentando antecipar a eleição de 2010”. “Provocar esses escândalos só porque a ministra Dilma Rousseff está subindo nas pesquisas?”, indagou, num discurso ininterrupto, com um exemplar da revista nas mãos. Ele prometeu processar a revista e quem mais participou “dessa notícia mentirosa, fantasiosa”. Reportagem de capa da revista Veja dessa semana diz que Protógenes teria investigado diversas autoridades de forma ilegal.

“Não há fragmento de indício que envolva o presidente do STF, ministros de Estado, senadores”, disse, referindo-se às investigações da Operação Satiagraha. “A ministra Dilma Rousseff e o ex-ministro José Dirceu não foram alvo dessa investigação nem tampouco senadores.” Sobre a quebra de seu sigilo telefônico pela Polícia Federal, afirmou que não é de agora. “Foi pedido lá atrás, após o dia 8 de julho, quando deflagrei a Operação Satiagraha.”

Protógenes considerou importante a discussão da “origem e formatação” da reportagem e levantou a hipótese de que ela “tenha seus tentáculos fora do Brasil”. Classificou, ainda, de “grave” a revelação da identidade de oficiais da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Isso só ocorre no Brasil”, criticou. A revista Veja não quis se manifestar sobre as acusações.

Sanctis

Também citado na reportagem, o juiz federal Fausto Martin De Sanctis repudiou ontem, em nota, informação de que estaria sofrendo investigação disciplinar por ter participado de “consórcio com esta ou aquela instituição ou parte”.

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