O promotor Henry Wagner Vasconcelos considerou proveitoso o primeiro dia do julgamento dos acusados da morte de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes.
Para Vasconcelos, o depoimento de Cleiton da Silva Gonçalves, ex-motorista de Bruno, que confirmou que ouviu de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro, dizer que Eliza “já era” e que seu corpo havia sido jogado para cães, foi esclarecedor.
Outro ponto destacado pelo promotor no depoimento de Gonçalves foi a confirmação da ordem que Macarrão deu para lavar a Land Rover de Bruno com óleo diesel.
“Isto foi importantíssimo para a acusação. Aquele veículo já havia passado por uma lavagem na água, e as manchas de sangue não saíram. Por qual motivo uma pessoa pode querer lavar seu carro com óleo diesel?”, questionou o promotor após o fim do primeiro dia de julgamento.
Gonçalves foi a única testemunha ouvida hoje.
O promotor pediu à juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues a custódia do ex-motorista de Bruno para uma provável acareação com João Batista, caseiro do sítio em Esmeraldas, que depõe amanhã.
“Amanhã teremos um depoimento esclarecedor do João Batista”. Segundo o promotor, o caseiro contou, em depoimento à polícia, que Cleiton disse a ele que foi impedido de entrar no sítio no dia 8 de julho de 2010 pelo Bruno e que o goleiro afirmou que Eliza estava lá.
“Isso mostra que a vítima estava em cárcere privado”, completou Vasconcelos.
Sobre os advogados de defesa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, deixaram o julgamento, o promotor classificou como manobra para adir o julgamento.
Ércio Quaresma e Zanone Oliveira abandonaram o julgamento por não concordarem com o prazo estabelecido pela juíza.
Questionado sobre o fato do júri ser constituído por seis mulheres e apenas um homem, Vasconcelos minimizou e disse que “os jurados devem seguir a regra da inteligência, e não da emoção”.