Para PF, estudante morreu asfixiada na cabine do navio

Morte por asfixia, após ingerir o próprio vômito dentro da cabine do transatlântico. Essa é a hipótese mais provável para a morte da universitária Isabella Baracat Negrato, de 20 anos, de acordo com o delegado Eduardo Marcondes, da Polícia Federal, que preside o inquérito que investiga o caso. A estudante de Direito de Bauru, interior do Estado, morreu na sexta-feira, durante um cruzeiro do transatlântico MSC Ópera entre Santos e Rio. Como a jovem faleceu dentro do navio, o caso está sob responsabilidade da Polícia Federal em São Sebastião, cidade do litoral norte de São Paulo, onde o corpo da estudante foi analisado.

Depois dos primeiros relatos e de participar da remoção do corpo, o delegado federal afirma que a possibilidade de asfixia é mais forte do que overdose de drogas. “Ela tinha todos os sinais de asfixia. Ainda são informações preliminares, mas parece uma fatalidade mesmo”, diz Marcondes. “Pela experiência e por aquilo que o médico me passou, apostaria na asfixia. Ela já tinha bebido demais, tinha sido atendida outras vezes (no navio) por excesso de álcool, foi para o local (cabine), passou mal, vomitou, desmaiou e se engasgou, igual a uma criança que se engasga à noite e tem morte súbita. A Isabella teria morrido por falta de oxigênio, e não por causa de intoxicação”, afirma.

Isabella morreu sozinha dentro da cabine do navio, que dividia com outra jovem. “Eu diria que foi o vigor da juventude, querendo curtir tudo em um momento só, associado a uma eventual falta de assistência de alguém ao lado. Se isso acontece na sua casa, tem sempre alguém olhando. Aconteceu em um lugar em que ela estava sozinha e ninguém viu”, diz o delegado. Em depoimento tomado pela PF em Santos, a colega de cabine de Isabella afirmou que as duas haviam bebido demais, mas negou a ingestão de outras drogas, como ecstasy e LSD. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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