O PDT anunciou apoio a seu presidente e também ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, e, em nota, afirmou que o partido entende que não existe "impedimento de ordem ética ou legal para o exercício simultâneo de ambas as funções". A Comissão de Ética Pública da Presidência acusa o ministro de acúmulo de funções e já fez duas recomendações para que ele escolha um dos dois cargos. Na quarta-feira (5), em reunião com a cúpula do PDT e as bancadas na Câmara e no Senado, Lupi acertou a permanência temporária nas duas funções. A expectativa é de que ele deixe a liderança da legenda.
O partido cita a Constituição Federal para defender a manutenção de Lupi nos dois cargos. "O artigo 5° da própria Constituição Federal, inciso VIII, diz: ‘Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política’", informou o comunicado divulgado no site do PDT. Além disso, o estatuto da sigla estabelece que "todo filiado pode exercer, em caráter preferencial, funções públicas de livre provimento nos órgãos em que o partido venha ter responsabilidade de administrar, atendido os requisitos de capacitação e pertinência".
O comunicado do PDT ressalta ainda os resultados econômicos positivos anunciados pelo ministro durante no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as políticas públicas postas em prática durante a gestão de Lupi que, segundo o partido, "realmente beneficiam os trabalhadores". Para o partido do ministro, a pressão da Comissão de Ética Pública para que Lupi escolha uma das duas funções é "patrocinada pelas mesmas forças que tentam manipular a opinião pública para, essencialmente, barrar qualquer ação na defesa intransigente dos interesses dos trabalhadores".