A descoberta de uma mega reserva de petróleo e gás na Bacia de Santos reforça a necessidade de o Brasil aumentar e melhorar a sua capacidade de defesa e proteção contra a invasão de outros países e até de atos terroristas. Foi o que afirmou nesta quinta-feira (15) o ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante a abertura de um evento internacional de segurança, no Rio. Para o ministro, o anúncio realizado pela Petrobras recentemente evidencia a necessidade de o País ter um submarino nuclear para proteger o campo recém descoberto.

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"Para nós, é importante que esse fato do descobrimento aguça mais a necessidade de termos autonomia de produzir no Brasil (energia nuclear), fechando o ciclo do enriquecimento do urânio para a produção de propulsores. Não para a área de guerra, de bomba atômica. Essas coisas são bobagem", afirmou Jobim, na 4ª Conferência do Forte de Copacabana "Segurança internacional, um diálogo Europa-América do Sul".

Forças Armadas

O ministro da Defesa de Portugal, Nuno Severiano Teixeira, também presente ao evento, defendeu o aparelhamento das Forças Armadas brasileiras para o Brasil ser um dos protagonistas na garantia da segurança e paz internacional. "Naturalmente que suas forças armadas precisam do equipamento para o exercício da soberania, mas precisam também para produzir segurança internacional no quadro das parcerias que podem vir a desenvolver com outros atores, com a União Européia e com outros em prol da estabilidade e da paz internacional", afirmou Teixeira, também presidente do conselho de ministros de Defesa da União Européia.

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Jobim afirmou que as próximas compras de equipamentos para as Forças Armadas no exterior devem seguir o critério de transferência de tecnologia. Nesse sentido, relatou que o ministro do Planejamento Estratégico, Mangabeira Unger, está em uma missão internacional para tratar desse tema. Segundo Jobim, Unger já esteve na Índia, na Rússia e atualmente está na França. Em janeiro, os dois ministros pretendem visitar os Estados Unidos.

Segundo ele, é necessário o desenvolvimento de um plano estratégico de defesa nacional que não tenha viés expansionista. Nesse sentido, lembrou do acordo fechado em junho, em Lisboa, no qual o Brasil e a União Européia se propuseram a discutir de forma bilateral políticas e estratégias de defesa. Uma iniciativa similar também está em desenvolvimento entre os países de língua portuguesa.

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