A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) deu um ?tiro no pé? ao liderar a campanha contra a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ameaçado de ficar sem o tributo e com um rombo de R$ 40 bilhões em suas contas no ano que vem, o governo federal decidiu não anunciar a nova política industrial, que traria cortes significativos de impostos.

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Além da Fiesp, Mantega viu na ?ala radical? da oposição, liderada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a causa do fracasso das negociações entre o governo e a oposição para prorrogar a cobrança do tributo. Mesmo se declarando confiante quanto à prorrogação do tributo, o ministro já tem esboçado um programa de ajuste caso a CPMF não possa ser cobrada em 2008. Ele acha que o cenário internacional está perigoso demais para pôr em risco a imagem de solidez do País. Por isso, a possibilidade de reduzir o superávit primário (economia para pagamento de juros) foi considerada ?muito ruim?.

A opção é, em primeiro lugar, promover um ?encolhimento? no Orçamento do ano que vem, inclusive no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Adicionalmente, serão aumentados tributos cuja alteração não depende de aprovação do Congresso: Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Importação (II) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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