O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira (22) que retorna ao Brasil do Encontro Anual do FMI, em Washington, com "agenda intensa para tentar convencer os senadores" a aprovarem a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Estamos perdidos", desabafou Mantega ao ser indagado sobre a possibilidade de o Senado não aprovar a prorrogação do tributo. O ministro vê oportunidade de negociação com a oposição e acredita que é possível chegar a um entendimento no Congresso.
"Vou demonstrar a necessidade de aprovar (o tributo) tal qual foi apresentado ao Senado, com alíquota de 0,38%". O ministro afirma que não se pode alterar a alíquota agora. Uma mudança faria a matéria voltar à Câmara, argumenta. "Isto inviabilizaria a possibilidade de prorrogação. Estamos com tempo totalmente estourado, mal dá para aprovar no Senado", afirma.
No entanto, Mantega reitera a possibilidade de conceder uma "flexibilização" tributária que poderia ser "aplicada na própria CPMF ou em outros tributos, equivalente a uma redução da CPMF". "Estou aberto ao diálogo, quero negociar. O consenso é possível de ser alcançado", acrescentou. O ministro não disse se o governo teria um plano B no caso de não aprovação da CPMF.
